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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

ADOLFO ARAUJO

 

                  

Adolfo Campos de Araujo.  Nasceu em Serro, Minas Gerais em 20 de novembro de 1872; faleceu em São Paulo, em 18 de novembro de 1915). Poeta, orador, jornalista, participou do movimento simbolista, fundador de A Vida de Hoje (1896) e A Gazeta (1906); colaborador de A Pauliceia (1896) e A Ilustração Brasileira (1903), todos de São Paulo.

 

 

 

SONETOS. v.2.  Jaboatão dos Guararapes, PE: Editora Guararapes EGM, s.d.  151 - 310 p.  16,5 x 11  cm.  ilus. col.  Editor: Edson Guedes de Moraes. Inclui 171 sonetos de uma centena de poetas brasileiros e portugueses.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

       MISERERE MEI

 

Vesti por tua causa o gélido bioco

De ermitão penitente, antístite do mágoa;

E errei de bosque em bosque, e errei de frágua

                                                   [em frágua

Tateando a solidão tresvariado e louco.

 

A dor afetou-me os olhos rasos d'água.

A tristeza exauriu-me o alento pouco a pouco;

Mas ainda no meu peito estarrecido e rouco

A tua imagem vejo, acaricio-a, afago-o.

 

Morri para esta vida e para os gozos deste

Mundo lodoso e mal, desde que tu morreste

Para o meu coração, sempre à tua alma junto;

 

E é só por um castigo atroz que me sujeito

A viver carregando o coração no peito

Como quem carregasse o esquife de um defunto.

 

 

 

IN GURGITE

 

Vai, coração, levanta as âncoras! Desfralda
As velas! A onda como uma huri de Istambul,
Mole se embala e ri, num requebro taful
E abre por te acolher os seios de esmeralda!

 

E se arqueia e soluça e desfolha a grinalda
De espumas e corais! Vai, marinheiro exul!
Borrascas? Nem sinal! Céu azul, céu azul!
O ar é leve, o mar é manso, o sol escalda...

O sol escalda, o mar é manso, o ar é leve
E a branca multidão das gaivotas descreve
Giros empós a nau que bem longe passou...

 

Vai, coração, sem temer maus presságios,
Pois que não pode, enfim, recear os naufrágios
Quem tanta vez no mar da vida naufragou!

 


SANTOS, Diva Ruas.  Antologia da Poesia Mineira.  Belo Horizonte: Ed. Cuatiara, 1992.        192 p.  Capa e montagem Maxs Portes. Editora: Diva Ruas Santos    - Apresentação: Alberto Barroca.                                                  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

SIC TRANSIT

Nosso amore não teve surtos
De voo audaz; — foi passageiro e vão;
Viveu momentos bem curtos!
Foi de pouca duração! ...

O nosso amor floriu entre
Cardos — fruto engelhado e temporão
Desses que saem do ventre
Da terra, fora da estação.

Nasceu em morte funda e cava.
Jesus, meigo, expirava...
Era uma Sexta-Feira da Paixão.

Morreu num fulvo e claro dia:
Jesus aos céus sabia...
Era um Domingo de Ressurreição...

 

 

*

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Página publicada em agosto de 2022                                    

 

 

 

 

 

 

Página publicada em novembro de 2019

 


 

 

 
 
 
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